Calebe Guerra é bacharel em Literatura Chinesa pela Universidade Xi’an Jiaoyong e mestre em Literatura Clássica Chinesa pela Universidade de Wuhan. Ele apresenta os podcasts BiYiNiao do Livro, com reflexões pessoais em torno de filosofia e literatura chinesa, Conto de Terror, spin-off do primeiro, de narração de histórias de terror chinesas e o Pagode Chinês, sobre notícias e curiosidades da China.
Está no ar o episódio #17 do BiYiNiao do Livro:
Confúcio sabia muito bem o que ele era. E sabia muito bem também o que sua profissão um dia fora. Nessa conexão entre o passado e o presente, ele viu o que seu trabalho poderia ser.
A crítica central de Confúcio era que a sociedade vivia um período de “degradação moral”. Essa expressão, em mandarim, é “Li beng Yue huai”, que significa literalmente “o colapso dos ritos e a deterioração da música”.
Confúcio defendia a ideia de que seria justamente a sua profissão desvalorizada que salvaria a sociedade do colapso iminente.
Aos moldes de Confúcio, Calebe Guerra acredita que o fim do mundo começa quando o seu trabalho terminar. É exatamente quando enxergamos a onda da catástrofe, mais alta e imponente do que nunca, chegando à nossa porta que precisamos perscrutar em nós mesmos a nossa vocação como instrumentos de mudança.
(Neste Episódio usamos duas partes do livro de Xunzi 荀子.
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Ilustração: “A desgraça do Unicórnio”, presente em Mingshi Mingwu Tushuo 毛诗名物图说, de Xu Dingzuan (清) 徐鼎纂.